Como ter uma pele, cabelo, unhas e visão saudáveis?
1) Como ter uma pele, cabelo, unhas e visão saudáveis?
A pele, cabelo, unhas e visão são as áreas do corpo onde as pessoas costumam notar os primeiros sinais de desequilíbrios no corpo, ou de envelhecimento prematuro. O que podemos fazer para prevenir ou até mesmo para reverter esta situação? Resumindo tudo numa frase, diria que temos que prestar mais atenção a alimentação, hidratação, exercício, respiração e descanso. A grande maioria de pessoas come mal, tem défices de minerais, habitua-se a viver desidratada durante décadas, mexe-se muito pouco, respira muito superficialmente e não descansa o suficiente. Portanto, é preciso introduzir mudanças significativas em todas estas áreas, e só depois disso esperar resultados positivos. Muitos pensam que o estado da pele, cabelo e unhas depende dos produtos que colocamos por fora, e é por isso mesmo que andam sempre à procura dos últimos gritos da moda na área dos cosméticos para alcançar isso. Pela minha experiência, isto não podia estar mais longe da verdade. Problemas, cujas verdadeiras causas são internas, não se eliminam com soluções externas – é tão simples quanto isso. Podemos notar alguma melhoria temporária enquanto usamos o produto, mas assim que paramos de o fazer ou assim que o efeito inicial passa e nos habituamos à fórmula e aos ingredientes, voltamos exactamente ao mesmo ponto de onde começamos. Uma alimentação predominantemente crua, uma abundância de sumos de vegetais, Yoga, técnicas de respiração e contacto com a natureza são provavelmente as 5 coisas que mais vezes repito no diário (e não só) e isto não é por acaso – quem segue este caminho descobre rapidamente que de facto são as coisas que mais ajudam a manter a juventude, a vitalidade e a boa visão durante mais tempo! Porquê? Porque nos permitem manter uma boa circulação, boa oxigenação e boa ingestão de minerais e enzimas. Porque é que a partir dos 30 anos muitas pessoas começam a ficar claramente envelhecidas? Porque não fazem as coisas acima descritas, e porque infelizmente o nosso corpo aguenta até uma certa altura...a partir daí começa a degradar-se rapidamente. Eu duvido que alguém consiga manter uma boa saúde e vitalidade sem minerais e sem enzimas suficientes na sua alimentação, e acontece que só obtemos isso dos alimentos crus. Claro, nós também produzimos enzimas, mas até um certo momento – a partir daí começamos unicamente a gastar as nossas reservas e muitos especialistas na área do Yoga e naturopatia afirmam com frequência que morremos assim que gastamos essas reservas de enzimas (se antes disso não morrermos por outra doença, claro). Resumindo e concluindo, depende inteiramente de nós ter uma alimentação rica em enzimas e não envelhecer de forma prematura, porque muito disso passa pela alimentação e por hábitos de vida muito simples, mas muito poderosos, quando praticados com regularidade.
2) Adianta ter uma alimentação vegan ou crudívora, mas continuar a fumar e/ou beber álcool?
Adianta sempre, eu simplesmente não acredito que alguém consiga (fisicamente) ser 100% vegan, e muito menos 100% crudívoro, e ainda assim manter o hábito de fumar e de beber álcool – são três coisas incompatíveis. Há muita gente que tenta ter uma alimentação vegan, mas ainda come produtos animais (mesmo que com pouca frequência) ou comida refinada e processada, que contém sempre algum tipo de vestígios de produtos animais. Acredito que pessoas com este tipo de hábitos alimentares consigam manter o consumo de álcool e tabaco por tempos indefinidos. Assim que de facto nos tornamos 100% veganos (sem excepções) e mantemos isso durante alguns meses, chega sempre o ponto em que ganhamos uma verdadeira aversão a coisas como tabaco e álcool. E quando me refiro a aversão, refiro-me a situações em que alguém decide beber uma única bebida ou fumar um único cigarro passados meses de não ter bebido álcool e de não ter fumado tabaco, e muitas vezes as pessoas referem que se sentiram realmente mal e fisicamente doentes. É isto que acontece naturalmente assim que deixamos o corpo mais limpo por dentro. “Mas muito de vez em quando apetece-me mesmo um cocktail ou até mesmo um copo de vinho...é um impulso.” – dizem algumas pessoas. O álcool é apenas mais uma coisa que as pessoas usam para se acalmar, para se distrair, para relaxar, e acima de tudo, para preencher falhas nutricionais. Quando “apetece mesmo muito beber um cocktail ou um copo de vinho”, na verdade o corpo está a pedir açúcar. A vontade não é por álcool, é por carboidratos! As pessoas simplesmente não estão a receber e a interpretar bem a mensagem. Parar de fumar e de beber começa com uma alimentação equilibrada e uma ingestão calórica suficiente, mas também depende do quão bem aprendemos a canalizar certas emoções e lidar com elas sem ser através do tabaco e álcool. Os tempos difíceis voltam sempre, e se nessa altura estamos a comer tudo 100% de origem vegetal e predominantemente cru, mais vale estar preparado para sentir profundamente e com intensidade tudo o que vem à superfície, porque é isso mesmo que acontece quando não adormecemos os nossos corpos com outras drogas. Por isso, para quem precisa de deixar de fumar, deixar de beber e melhorar os seus hábitos alimentares, eu recomendo fazer tudo isso ao mesmo tempo. Quanto chegamos a este ponto simplesmente não existe caminho fácil. Contudo, este é o caminho mais eficaz e que realmente produz os resultados que as pessoas procuram obter. Só depois de nos libertar deles percebemos claramente o quão tóxicos são certos hábitos para o nosso corpo, e conseguimos ver claramente que de nada adianta pensar em implementar uma alimentação muito alcalina, se ao mesmo tempo continuamos a manter hábitos como fumar e beber. Isto é literalmente como abrir a torneira da água alcalina de um lado, e deitar puro ácido pelo outro lado – nada feito. Contudo, vejo que para muitas pessoas torna-se muito mais fácil abdicar do álcool e tabaco quando realmente se empenham a 100% na implementação de uma alimentação 100% vegan, predominantemente crua. Nunca é má ideia começar por aqui e confiar que quanto mais limpo ficar o corpo (pelo menos a nível alimentar) menos vai começar a tolerar outros hábitos nocivos como o tabaco e álcool.
3) Como facilitar o consumo de vegetais de folhas verdes?
Este é um dos maiores problemas que encontro nos acompanhamentos que faço – as pessoas têm uma enorme dificuldade em comer boas quantidades de vegetais (incluindo os de folhas verdes). Para além das saladas, que são quase sempre um mini-acompanhamento da comida cozinhada principal (em vez de ser precisamente o contrário), normalmente a gente que acompanho come algo de sopa, algo de vegetais salteados/cozinhados de alguma forma e fica por aí, sem mencionar que alguns não comem vegetais nunca. Escusado será dizer que isto é extremamente insuficiente e que a longo prazo cria desequilíbrios que notamos no aspecto físico (pele, cabelo, unhas), na forma como envelhecemos, na visão, na saciedade e vontade de comer certos alimentos mais refinados e processados. Muitos problemas hoje em dia têm na sua origem os défices de minerais. E por norma, quando transitam para a alimentação vegan ou crua, inicialmente as pessoas detestam os vegetais – não conseguem comer as saladas e nem tocam nos sumos de vegetais. Daí ser tão importante falar sobre formas que permitem incluir os vegetais na alimentação e com sorte torná-los mais deliciosos até para os paladares mais sobre-estimulados.
Ø Bons molhos para saladas – Com o tempo descobri que inicialmente, muitos não gostam do sabor dos vegetais, mas até comem as saladas se estas tiverem um bom molho. Há muitas maneiras de preparar excelentes molhos para salada sem usar qualquer tipo de óleos – recorrendo unicamente a sementes/ frutos secos/ abacates, curgetes, limão, ervas aromáticas, limão e outros citrinos, etc., misturando tudo no liquidificador. Normalmente quanto mais no início da transição estiver alguém, mais aprecia os molhos mais cremosos e densos – portanto usar algo como nozes ou outras sementes, misturadas com sumo de limão, sumo de citrinos e ervas aromáticas funciona mesmo muito bem.
Ø Batidos verdes – Quem tem dificuldade em consumir vegetais de folhas verdes precisa mesmo de apostar nos batidos verdes, que combinam fruta, verduras e/ou ervas aromáticas frescas, e água – tudo desfeito no liquidificador. O sabor dos vegetais passa completamente despercebido e normalmente este é o primeiro passo que funciona mesmo bem com toda a gente.
Ø Com sopas/cremes vegetais, estufados e molhos – É mesmo muito fácil usar folhas um pouco mais firmes de vegetais de folhas verdes (como são por exemplo as folhas da alface romana) e usá-las literalmente como colher para comer alimentos cozinhados de origem vegetal ou então molhos espessos 100% crus. É simples, é sempre benéfico acompanhar o prato cozinhado com folhas frescas, e assim simplificamos as coisas e nem precisamos de preparar uma salada elaborada.
Fonte: Vitaliza